Caminha entre errantes.
O cérebro meio vivo
anda no meio da maioria vegetante
Caminha com roupas fedorentas
e meladas de ferro vermelho
amortecendo a humanidade
que em si ainda existe
E eles andam andam andam
- Oh! Deus, como andam! -
incansáveis em seu rumo perdido
buscando saciar aquilo que não sentem.
São a horda que sobrepuja
a minoria em cujo peito algo pulsa.
E o cérebro meio morto
caminha caminha caminha
-Por favor, que os joelhos suportem a jornada! -
entre os errantes.
Prefere a camuflagem da meia morte
do que a companhia daqueles que dizem pensar
mas abocanham ferozmente os viventes
que ousem demonstrar
aos humanóides que ainda é possível sentir.
*Série Poesia Zumbi.
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