domingo, 15 de novembro de 2015

CRÔNICAS CURTAS

SOBRE ATOS INSANOS

Mais um ato ‘insano’ num mundo ‘psicopata’.

E não me digam que a culpa é dos refugiados, dos imigrantes, ou de outras culturas, ou diferentes etnias. Todos somos passageiros neste mundo. Todos somos da mesma espécie. 

A maldade não possui cor, etnia, cultura, crença ou espécie. Ela não discrimina nada nem ninguém, apenas fere sem nenhuma explicação ou justificativa.

SOBRE TOLERÂNCIA

A única coisa que eu não tolero é a intolerância.

Posso não gostar de ações, de atitudes e, até, de uma pessoa ou outra, mas respeito é bom e convém a todos. 

Não me calarei diante da hipocrisia e intolerância de pessoas que parecem ser boas, mas discriminam seus semelhantes apenas porque estes não fazem o que aqueles querem.

SOBRE O SILÊNCIO

Eu ando silenciosa, sim.

O silêncio é a melhor arma de defesa porque é a que mais irrita os perversos.

Então, prefiro ficar em silêncio por mais um tempo. A perversidade não consegue vencer esta muralha porque os argumentos silenciosos, na maioria das vezes, são mais pesados do que palavras soltas ao vento. 

Por isso, meu silêncio pesa, porque ele e meus atos falam por mim muito mais que minhas palavras bonitas ou feias.

SOBRE A RAIVA

Eu também perco o controle. 

Até eu mostro minha raiva. Isso me entristece. Mas sou humana. Seria pior se eu não mostrasse nenhuma emoção, nem boa, nem má. 

Talvez isso fosse a prova derradeira de que eu seria mais uma ‘insana’ num mundo ‘psicopata’.

SOBRE PAIXÕES IMPOSSÍVEIS

Uma paixão impossível dói demais.

Eu gostaria de não senti-la. Eu até arrancaria meu coração se ela deixasse de existir. Assim, eu não sofreria nem por mim, nem por ela. 

Mas também não viveria... 

Acho que prefiro continuar sofrendo do que me desapaixonar pela vida.

SOBRE ‘DESABAFOS’ NAS REDES SOCIAIS

De vez em quando até eu grito na rede virtual a irritação que alguns me causam.

No entanto, eu prefiro selecionar quem pode postar no meu mural, excluir pessoas ou comentários ou simplesmente ignorar.

Não debato sobre palavras com pessoas que podem apenas ter uma opinião diferente da minha. Não quero contribuir que ofensores e desocupados, que só querem chamar a atenção para si mesmas, seja por narcisismo, seja por terem pouca autoestima, maculem minha imagem pessoal ou virtual.

Eu prefiro resguardar a minha vida privada e não servir de estimulante ao ‘voyeurs’ de plantão.

Como diz o velho ditado: “roupa suja se lava em casa”, ou na escola, ou na academia, ou no trabalho. Porque quem gosta de fofoca são as revistas de mexerico, os tabloides e afins.

Eu não. 

Eu prefiro a franqueza direta, a resposta dada pessoalmente, em vez de usar a máscara da virtualidade para resolver problemas interpessoais. 

Até quem não gosta da gente, ou vice-versa, merece o respeito de ouvir cara a cara nossas verdades e opiniões.