E já
não tinha a esperança mínima
de
voltar a ser que o fora.
Restou
o silêncio a circundar
o
ambiente denso
enquanto
um breve sorriso
(virtual?)
teimava
em flutuar em sua face.
Da
pouca psicologia que conhecia
e
tentava implantar na sua vida
ainda
revoavam frases soltas
a sua
volta, que diziam:
“Vai em
frente.
ainda
há pelo que lutar,
no que
acreditar,
pelo
que viver”.
Psicologia
comum
Psicologia
superficial
Psicologia
um tanto banal
que ela
lia apenas
para
minorar aquilo que a atingia
que a
feria e fazia sangrar.
“Vou em
frente...
mas vou
chorando
reclamando
empurrando
com meu corpo torto
o que
não posso carregar”.
Otimismo
antes não lhe faltava.
Agora,
entretanto, o que sentia?
Nada de nada
Nada de nada
Misto
de vazio e cor:
queria
levantar e prosseguir
o corpo
queria ficar e desistir
queria
o colorido da paisagem
a mente
implorava pelo gris
da
extenuante luta encefálica.
E o
coração?
Este
nem sequer pulsava.
Saudade
Alegria
Expectativa
Frustração
Decepção
Uma
poção incolor para
esboçar
o tumultuoso
maremoto
de sua
existência ambígua.
E eu
não sei como terminar essa poesia.
Ela não
é minha.
É de
outro ser.
E ele
não me disse
que
estrada escolheria
que
decisão tomaria
ou como
sua vida acabaria.