sexta-feira, 14 de junho de 2013

SE DESISTIR ALGO SAI

Por vezes no improviso do momento se esquece algo que quando feito se torna melhor do que o antecipado viaja nesse contexto enquanto digita teclas antissociais e vai jogando na página virtual algo que descria mas pensava ser interessante havia desistido de tentar  ser algo diverso daquilo que pretendia mesmo sabendo que ainda veria muito líquido verter sem ter um lenço para captar o sal que cobria a boca os dedos miúdo e roídos.
Era estranha essa sensação de que já sabia de tudo quando tinha consciência que na verdade sua experiência era mínima.
Colocou a alça da pasta atravessada no peito aquela pasta estranha vermelha com preto e andou pela sala enquanto cruzava o trânsito meio caoticoestrondosoterrificantementedesistimulante da city achando que sabia bem para onde ia muito embora sentisse que havia cortado pela viela errada mais uma vez acabou numa cafeteria estranhamente conhecida onde bebericou a bebida costumeiramente diferente que escolhia toda vez que ali não ia.
Por fim rumou para a rua entrando no quarto que fazia às vezes de escritório rascunhou um falso bilhete numa esquisita coisa de celulose e decidiu ficar fazendo a ronda noturna de Big River enquanto ainda o sol mal despontava.
Coisa estranha essa de viver dentro e fora de qualquer lugar a pessoa nunca sabe se saiu ou ficou mesmo assim sempre acha que não voltará.