sábado, 16 de novembro de 2013

POESIA ZUMBI II

Vou vagando sem destino
O sangue coagulado nas veias
um coração que não bate
O cérebro perdeu as estribeiras
Não restam memórias para sorrir
o dia não passa para meu corpo vazio

Congelando no tempo
a alma a se corromper
a dor de ter sentimentos
já não existe
e não há piedade
em quem parece um lobo mais que selvagem
devorando outros sem comoção

A consciência já quase não existia antes
e a perdida civilização levou o resto
Por isso não há arrependimento
para quem morreu e devora o próximo
como único meio de salvação.

Se antes as emoções estavam quase apagadas
agora estão mortas porque o mundo
apagou a humanidade que antes eu tinha
Agora é só devastação

Agora é quando os zumbis criados 
andam pelo mundo
esquecendo quem eram
e apenas devorando o que encontram
seja animal ou pessoa
Sem qualquer compaixão.



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