domingo, 7 de julho de 2013

AEROPORTO

Atos inconsequentes de coragem tola criam um aeroporto onde outros pousam e decolam quando bem entendem levando o que bem querem e deixando apenas as cadeiras vazias da espera.
De mente em mente as ideias se atropelam são dementes essas ovelhas aéreas que arranham o piso da casa de partidas e chegadas. Atrelam a solidão as paredes que já o eram mas não vomitavam nenhum mal estar.
Ser solitário não é tão ruim quanto estar sozinho enquanto aves de metal vem e vão sem nem questionar se alguma outra coisa vai ocupar o espaço vago que ficou para trás.
Janelas abertas onde escapam burbirinhos sorrisos despedidas boas vindas enquanto o telhado do aeroporto cheio de buracos sente que vai ruir Quem se importa se o local sente ausências ou presenças? Na inconstante fidelidade de quem vem e de quem vai ninguém segue a rota do sentimento contundente que o posto de viagem segura para não chorar.
Dementes as mentes que se ficam não se compadecem se partem não se lamuriam por aquilo que deixaram aqui no espaço de todos os desencontros.
O aeroporto pretendia fechar mas já não tem mais anseio desta confusa companhia vazia por fim afastar.

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